quinta-feira, 7 de junho de 2012


NOTÍCIAS DE ÚLTIMA HORA 


PM cumpre reintegração de posse no campus da Unifesp

Cerca de 45 alunos ocupavam reitoria do campus de Guarulhos há 75 dias

Lecticia Maggi
Faixa feita por alunos durante ocupação do campus de Guarulhos
Faixa estendida por alunos após tomada do campus de Guarulhos (Lecticia Maggi)
A Polícia Militar cumpriu, nesta quarta-feira, a ordem judicial de reintegração de posse do campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Alunos estavam acampados no local desde o dia 22 de março em protesto contra as más condições do campus: ali, eles montaram barracas e ocuparam o refeitório e a reitoria.
Por telefone, um dos estudantes, que não quis se identificar, afirmou à reportagem que 45 pessoas foram retiradas à força do local. Em seguida, foram levadas à 1ª Delegacia Federal da Lapa, para prestar depoimento. A Polícia Militar nega uso de violência no cumprimento da ordem judicial.
Outro aluno, que também não quis se identificar, disse que o campus não tem a "infraestrutura necessária" à universidade. “Não temos biblioteca adequada. O bandejão e as salas de aula são insuficientes. É o campus mais populoso da Unifesp e o mais atrasado. Não é o que eu esperava de uma universidade federal quando entrei", disse.
Problemas de infraestrutura fazem parte das reivindicações dos próprios professores das universidades federais em greve. Em entrevista ao site de VEJA, o diretor do campus da Unifesp de Guarulhos, Marcos Cézar de Freitas, afirmou que o local foi vandalizado durante a ocupação. "Mantivemos uma negociação com os estudantes, estávamos abertos a ouvi-los. Mas temos que zelar pela preservação do patrimônio público e pela integridade dos servidores: por isso, pedimos a reintegração de posse", disse Freitas.
A retomada do prédio foi determinada pela 1ª Vara da Justiça Federal de Guarulhos. Para os magistrados, os documentos enviados pela Unifesp comprovam que foram adotadas providências para sanar as falhas do campus apontadas pelos alunos em 2010, durante um protesto que paralisou a unidade por 46 dias. A Justiça Federal entendeu que parte das reivindicações – como início da construção do prédio central do campus, moradia para estudantes, melhoria na alimentação e no transporte – já está sendo atendida. 


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